Uma equipe de papel-chave no Twitter, responsável pelo combate à desinformação na plataforma, foi dissolvida pelo novo proprietário da empresa, Elon Musk.
Esse grupo monitorava o conteúdo da rede social, contextualizando posts enganosos ou incorretos; destacava fontes de notícias com checagem; e criava sequências de postagens confiáveis sobre assuntos de destaque em boa parte dos idiomas mais falados do mundo.
Diferentes unidades acompanhavam publicações em inglês, espanhol, árabe, hindi, português e japonês. As equipes trabalhavam em Sydney, Singapura, Londres, Accra (Gana), Tóquio, Cidade do México e São Paulo, assim como nos Estados Unidos.
'Olhos e ouvidos'
"Nós tínhamos grande alcance global. Os únicos com olhos e ouvidos em campo em diferentes países", diz um integrante sênior de uma dessas equipes.
Segundo essa pessoa, as equipes locais tinham capacidade de detectar as nuances culturais em cada país.
"Havia muita pesquisa e preparação antes de eleições em cada lugar, por exemplo. As equipes conseguiam entender melhor a atmosfera local e até mesmo antecipar que casos de desinformação poderiam ocorrer."
Outro responsável pelo trabalho de monitoramento — que ficou sabendo de sua demissão quando perdeu o acesso ao e-mail — diz estar bastante preocupado. "A experiência de todo mundo vai piorar por falta de direção", afirma. "Meu medo é que se torne uma plataforma de extrema-direita."
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